E se eu colocar o outro no meu lugar?
Colocar-se no lugar do outro é tentar encarar as circunstâncias a partir da perspectiva dele, com a intenção de considerar mais efetivamente as questões que determinam o comportamento. Chamamos esse esforço de empatia.
Entretanto, é um imperativo da vida que sejamos mais firmes e até implacáveis quando se trata de olhar para si. Essa firmeza garante que não sucumbamos às nossas vontades, desejos e prazeres, mas façamos aquilo que devemos fazer. É assim que a vida acontece mesmo diante dos obstáculos.
Mas essa atitude de firmeza precisa de limites. Existe a situação certa que lhe cabe e não deve ser transferida para toda e qualquer esfera da vida.
Quando replicamos, em todas as situações, essa maneira incisiva de tratarmos a nós mesmos, esquecemos da nossa necessidade de autocuidado.
Pessoas que são exageradamente exigentes consigo mesmas tendem a não se satisfazerem independente do sucesso que obtenham, ignoram as pequenas conquistas, têm baixa autoestima e podem desenvolver ansiedade patológica, depressão e outros transtornos relacionados.
Como esse comportamento pode ser generalizado e se tornar corriqueiro, a percepção de que ele esteja ocorrendo pode ficar prejudicada — ele se torna comum.
Um exercício bastante eficaz para percebermos esse autoflagelo é colocar outra pessoa no seu lugar: fazer o inverso daquilo que aprendemos na empatia.
Por exemplo:
- E se fosse com sua prima, você falaria assim?
- E se seu amigo cometesse o mesmo erro, você julgaria desta forma?
- E se sua filha tivesse fracassado como você, o que você diria para ela?
Talvez você precise desse exercício para perceber que as exigências que propõe a si mesmo são inalcançáveis, que você também merece o respeito e o cuidado que dedica aos outros.
Agende seu atendimento, cuide-se!